domingo

Chantagem!


Já se explicou em muito lado (também aqui), pela racionalidade, que não são legítimos os protestos de uma comunidade islâmica pela ‘parcimónia’ no uso da liberdade de expressão. Também se viu a onda de moderação alimentada pela realpolitik e veiculada sobretudo pelos canais oficiais. Nela se sentiu o embaraço de quem quis atingir um objectivo -a paz - mas não encontrou argumentos razoáveis para se explicar –para além do desejo de paz.
Resta a conclusão, necessária, de que nunca houve intenção de apresentar argumentos sérios por parte dos defensores das matérias sagradas. O que houve foi uma declaração de guerra ideológica numa tentativa de prolongamento a ocidente do entendimento de estado asfixiante que é paradigma do mundo islâmico.
O impacto disto só pode ser entendido conhecendo as obrigações económicas que vinculam as duas culturas: o negócio do petróleo – que não pode parar para interesse de ambos.
O fanatismo e impulso para a guerra santa permitiram aos radicais islâmicos tomar posições inconcebíveis aos olhos ocidentais… afinal eles teriam tanto ou mais a perder com a ruptura de relações, pois não são produtivos mas completamente dependentes da renda do petróleo. E nós teríamos um forte impacto inicial e uma mudança forçada de estilo de vida.
Mas se há ‘valor’ permanente, que atravessa qualquer fronteira, no actual mundo capitalista é que o dinheiro não para de circular.
Como diria Vivaldi, Nulla
in Mundi Pax Sincera.